Quando o assunto é perda de peso ou dieta, muitas pessoas são adeptas à refeição livre uma vez na semana ou mais, já que a sensação de privação alimentar muitas vezes impede de prosseguir com o plano alimentar ou dieta. A sensação de saber que vai ter uma refeição livre pode trazer uma expectativa que vai ajudar a manter o foco na dieta, melhor dizendo, no seu programa alimentar de sucesso.
Antes disso, quero dar uma explicação: “Dieta” é uma palavra que eu não gosto de usar. Parece algo imposto, que remete a lembranças de frustações passadas. O mais importante é você perceber e querer ter um programa alimentar que o leve à perda de peso de maneira consciente e voluntária. Quase tudo que é imposto costuma não dar certo.
Dietas restritivas e monótonas, feitas por muito tempo, levam a desgastes psicológicos e a algumas consequências metabólicas, ou seja, atrapalham o funcionamento do corpo. Um dos principais exemplos é aumento de cortisol, conhecido como hormônio do estresse. Esse hormônio induz à redução de leptina, que atua no controle do apetite e da massa corporal. A leptina é produzida no tecido adiposo e usa o metabolismo energético – a sua fonte energia – como “termômetro’’. Quando os níveis de gordura diminuem, há menor aporte energético, fazendo com que a leptina seja inibida e seus níveis diminuam. Isso leva a um menor gasto energético.
O principal objetivo da refeição livre é promover uma reativação metabólica, algo como “enganar e despertar o corpo” para não economizar tanta energia, promovendo o aumento da leptina (que pode estar baixa pela restrição calórica continua), acelerando assim a perda de peso. Mas não confunda: esse tipo de refeição não pode ser interpretado como “um dia inteiro livre”. Isso pode atrapalhar todo o processo, dependendo de cada caso. O acompanhamento com um profissional, será determinante para ajustar a dose e as quantidades liberadas nas refeições livres. E isso irá garantir melhores resultados na eliminação de peso.
A oportunidade da “refeição livre” no seu programa alimentar poderá ser uma estratégia no processo de redução de peso e é mais uma dica para você deixar seu corpo menos adaptado e assim promover resultados melhores e definitivos.
Minha proposta é que você entenda que pode comer o que gosta e ter equilíbrio diante das suas escolhas. Mas, é fundamental entender que você NÃO MERECE comer “lixo”. É muito importante entender como alguns “venenos saborosos” prejudicam a saúde. Sim, você pode comer o que gosta em algum momento do processo de reeducação alimentar, mas lembre-se: é você no controle diante dos excessos.
Eu posso te ajudar na caminhada da reeducação alimentar exclusiva para você, porém eu preciso que você esteja comprometido com o processo. Nutrir com adequação e eliminar os excessos é uma chave fundamental para você nunca mais precisar de dietas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
JÚNIOR, José Donato; PEDROSA, Rogerio Graça; TIRAPEGUI, Julio. Aspectos atuais da regulação do peso corporal: ação da leptina no desequilíbrio energético. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 40, n. 3, p. 273-287, 2004. –
SAUERESSIG, Morgana Rafaela; BERLEZE, Kally J. Análise de influências em dietas de emagrecimento. Psico, v. 41, n. 2, p. 7, 2010.
